sábado, 7 de janeiro de 2023

FLORES DESPIDAS


 FLORES DESPIDAS 

Quando eu morrer não digas a ninguém
Partilha comigo alguns minutos
Uma noite inteira. Cobre o meu corpo
Frio com um lençol branco
Quando eu morrer
Recita um soneto, um poema
Que escrevi, talvez o tenha
Escrito para ti, fica junto de mim
Quando eu morrer
Deixa-me ver mais uma vez o mar
Promete-me que não choras
E nem tocas com a tua boca
Os meus lábios frios
Promete-me que lanças a tua solidão
A tua dor, as tuas lágrimas
Para um poço profundo
Sem olhar para trás
Que cuidarás das nossas flores
Quando o vento e a chuva chegarem
Serei o teu anjo da guarda
E todo o meu amor brilhara em ti
Quando eu morrer estarei eternamente
Presente no teu coração
Continuarei a viver no teu pensamento
Com amor e saudade
Quando eu morrer por favor
Não digas a ninguém que eu parti
Que parti como as flores despidas
Despidas pelo vento.


Isabel Morais Ribeiro Fonseca 

Sem comentários:

Enviar um comentário

TECLADO DE SONHO

 TECLADO DE SONHO Procuro no mundo Um sitio que só existe Nos meus sonhos Na ilusão que se perde Dos labirintos esquecidos Que rasgam o meu ...